O número de mortes diárias por Covid-19 no Ceará manteve queda, na última semana, de acordo com dados do Integra SUS, da Secretaria da Saúde (Sesa). A média móvel entre 27 de agosto e 2 de setembro foi de 14 óbitos por dia, número que caiu para nove, na semana entre 3 e 9 de setembro – uma queda de 35%. O indicador considera o número diário de óbitos registrados nos sete dias anteriores.
Parte desses dados foram apresentados pelo secretário da Saúde, Dr. Cabeto, e a secretária-executiva de Vigilância e Regulação do Ceará, Magda Almeida, em coletiva na manhã dessa quinta-feira (10). Na quarta-feira (9), um balanço divulgado pelo Consórcio dos Veículos de Imprensa do Brasil, que se baseia em dados das Pastas estaduais, mostrou o Ceará como o único estado a apresentar alta (19%) de mortes pela doença, o que foi negado durante a coletiva.
“Em nenhuma região do Ceará há acréscimo do número de casos nem de óbitos, mesmo com o aumento da testagem, com cerca de 13 mil exames por dia”, pontuou o gestor.
Segundo Cabeto, a metodologia utilizada pelo consórcio não reflete o cenário atual, uma vez que considera o número de óbitos pelo dia do resultado do exame, e não pela ocorrência.
“Se o cálculo for feito dessa forma, aparenta um número muito maior, levando a uma interpretação inadequada. É um erro metodológico. Temos no Ceará uma realidade epidemiológica bem clara de redução dos casos e mortes semanalmente”, garante.
Ainda durante a coletiva, o titular da Sesa afirmou que o centro de testagem do Estado mostra que a circulação viral no Ceará está abaixo de 1%. Atualmente, a taxa de transmissão da doença é de 0,69, ou seja, um infectado transmite a doença para menos de uma pessoa.
“Chegamos ao menor patamar epidemiológico desde o início da pandemia. Oscilamos, hoje, entre quatro e sete óbitos por dia em todo o Ceará”, estima Dr. Cabeto.
Flexibilização
Diante das aglomerações registradas no feriadão da Independência, principalmente em praias do Ceará, o secretário declarou que a comunicação com os municípios, bem como a fiscalização dos protocolos, serão reforçadas. O comitê de flexibilização discutirá, ainda, mudanças nas especificidades para uso de máscaras.
Em relação à volta das aulas na rede pública, a Sesa informou que o funcionamento da testagem dos profissionais e dos estudantes será definido pelos secretários estaduais e municipais de Educação. Na rede privada, 13 professores e funcionários foram diagnosticados, após os testes, menos de 1% do total de testados.
Fonte: Diário do Nordeste