A macrorregião do Cariri, que engloba 45 municípios das regiões Sul e Centro-Sul do Estado, continua apresentando quedas significativas no número de casos da Covid-19, nas últimas quatro semanas. O acréscimo de novos casos que chegou a 1.693 num intervalo entre 7 e 14 de agosto, nos últimos sete dias (21 a 28) passou a ser de apenas 158, segundo a plataforma IntegraSUS, da Secretaria de Saúde do Estado. Com a demanda caindo, alguns leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) foram desabilitados para Covid-19 e colocados à disposição para atendimento de pacientes com outras patologias.
A queda tem sido expressiva neste mês de agosto. Em 7 de agosto, eram 34.806 casos confirmados da doença na macrorregião, enquanto os óbitos eram 682. Na semana seguinte, passou para 36.499 pessoas infectadas, enquanto o número de vítimas chegou a 741, representando um aumento de 1.693 casos e 59 óbitos.
Já no dia 21 de agosto, o acréscimo já foi menor: 673 casos e 36 óbitos, alcançando 37.172 pessoas infectadas e 777 mortes pelo novo coronavírus. Hoje, olhando os últimos sete dias, a macrorregião teve seu menor aumento. São 37.330 confirmados com a doença e 792 vítimas, sendo 158 novos infectados e 15 novas mortes, uma queda de 76,52%, neste intervalo, na quantidade de casos, enquanto a redução de óbitos foi de 58,3%.
Redução de leitos
Com essa sistemática redução, o número de leitos de UTI dedicados à Covid-19 diminuiu na macrorregião. Há uma semana, eram 136, enquanto agora são 106, uma redução de 30 vagas. Destes, 76 estão preenchidos, representando uma taxa de ocupação de 71,7%.
Apesar da taxa de ocupação atual ser maior que da última semana, que era de 63,24%, o número de pessoas em tratamento na UTI foi maior no último dia 20: 86 pacientes.
Referência para os 45 municípios e uma população de 1,5 milhão de habitantes, o Hospital Regional do Cariri (HRC), que chegou a ter 108 leitos de UTI no último dia 6, hoje está com metade deste número de vagas: 54. Há sete dias, eram 79. De acordo com diretora geral da unidade de saúde, Demostenia Rodrigues, esta mudança é dinâmica.
“Diante do atual cenário, os leitos atendem à demanda, no momento que aumenta a incidência de outras patologias, a exemplo do trauma. Porém, se houver a necessidade de ampliar novamente, será feito”, enfatizou.
Por Antonio Rodrigues
Fonte: Diário do Nordeste