A Polícia Federal prendeu no Ceará, nesta terça-feira (18), uma pessoa suspeita de envolvimento com o tráfico internacional de drogas durante uma megaoperação realizada em 12 estados e no Distrito Federal.
Um mandado de busca e apreensão também foi cumprido no Ceará durante a ação. Porém, o órgão não informou o que foi apreendido pelos policiais.
No total, são cumpridos 139 mandados de busca e apreensão e 50 mandados de prisão (20 prisões preventivas e 30 prisões temporárias).
Resumo da operação:
• PF realiza operação para desarticular tráfico internacional de drogas
• Mandados são cumpridos em 12 estados e no DF
• SP concentra maior parte dos mandados
• Investigações começaram em 2018 pela PF de Pernambuco
• Traficante preso no interior de SP em 2019 foi peça-chave para deflagar operação
• Justiça determinou sequestro de bens como aviões, helicópteros e propriedades rurais, além do bloqueio de R$ 100 milhões ligados a investigados na operação
Batizada de Além-Mar, a operação também ocorre nos estados de Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e no Distrito Federal.
Os policiais investigam o crime de lavagem de dinheiro, além de buscarem provas para confirmar o envio de drogas para o exterior e o uso de helicópteros para o transporte de cocaína pelo Brasil.
Segundo a PF, toneladas de cocaína foram exportadas para a Europa pelos portos brasileiros, especialmente no Porto de Natal no Rio Grande do Norte. Entre março e julho, foram apreendidos mais de 1,5 tonelada de cocaína.
A Justiça Federal determinou a apreensão de aviões (7), helicópteros (5), caminhões (42) e imóveis (35) urbanos e rurais (fazendas) ligados aos investigados e ao esquema criminoso, além do bloqueio de R$100 milhões.
Entenda o esquema
Segundo as investigações, quatro organizações criminosas atuavam conjuntamente para exportar cocaína para a Europa por meio de portos brasileiros, especialmente no Porto de Natal/RN.
Três das quatro organizações atuavam em São Paulo, sendo duas na capital paulista e uma em Campinas, no interior do estado.
Um dos núcleos na cidade de SP operava no Brás e servia como banco, era responsável pelas movimentações financeiras
A droga vinha do Paraguai e era distribuída por vias áreas em território nacional e internacional por uma das organizações de SP e outra de Campinas
A quarta organização operava no Recife, e era composta por empresários do setor de transporte de cargas, funcionários e motoristas de caminhão cooptados. O núcleo era responsável pela logística de transporte rodoviário da droga e o armazenamento de carga até o momento de sua ocultação nos contêineres.
Fonte: G1 CE