O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, prometeu hoje em coletiva de imprensa que o pagamento do segundo lote dos R$ 600 de auxílio emergencial para a pandemia do coronavírus será “mais eficiente”.
“O segundo lote será feito de maneira muito mais eficiente, porque já temos a base das pessoas que receberão [os pagamentos]. Uma parte relevante do que a gente estava pagando eram pessoas que a gente ia montando dentro da base de dados. E, para não esperar um mês para começar a pagar, fomos pagando as pessoas sendo analisadas”, afirmou.
Pedro Guimarães ainda disse que há a possibilidade que o pagamento da próxima parcela — que ainda não há datas oficiais — seja feito de maneira diferente, justamente para que a demanda muito grande não seja um obstáculo para a população.
“Na segunda parcela, poderemos pagar de maneira diferente. Estamos discutindo com o Ministério da Cidadania, mas uma maneira onde já temos a base de dados. E a grande maioria das pessoas terá essa organização com datas espaçadas, ou seja, não faremos a forma de pagar janeiro e fevereiro em um dia ou maio e junta em outro dia. Porque pagar 20 milhões de pessoas que tenham um conhecimento muito baixo da questão de tecnologia acabava gerando demanda muito grande”, acrescentou o presidente.
A Caixa vem sendo alvo de críticas nas últimas semanas após muitos beneficiários relatarem problemas para conseguir se cadastrar ou movimentar os valores. Na semana passada, com o início do calendário de saque em dinheiro direto da poupança digital, filas e aglomerações em agências da Caixa Econômica Federal foram registradas em diversas partes do país.
Para quem não recebe Bolsa Família ou está não está no Cadastro Único, o auxílio só pode ser pedido por meio do aplicativo Caixa Auxílio Emergencial, ou site. No caso de quem optou receber por meio da poupança digital, a movimentação dos valores também depende do uso de um aplicativo, o Caixa Tem.
A Caixa informou hoje mais cedo sobre uma “redução considerável das filas nas agências em todo o país”. Em muitos casos, disse o banco, unidades que antes tinham aglomeração de pessoas em busca do saque do auxílio emergencial tiveram suas filas zeradas antes da abertura das portas, às 8h.
O banco reforça que não é preciso madrugar nas filas. Todas as pessoas que chegarem às agências durante o horário de funcionamento, de 8h às 14h, serão atendidas, garante a Caixa. Mesmo com as unidades fechando às 14h, o atendimento continua até o último cliente do dia.
Entre as medidas para reduzir filas, a Caixa informa que fez parcerias com prefeituras de cerca de 500 cidades, que contribuíram para a sinalização e organização das filas e instalação de impressoras para facilitar a triagem fora da agência.
Na nota, a Caixa diz ainda que está reforçando o atendimento nas agências com mais 3 mil funcionários, além de alocar 4.800 vigilantes e quase 900 recepcionistas para organizar as filas e orientar o público.
Cinco caminhões-agência itinerantes também estão atendendo em locais com maior necessidade, conforme cronograma: Alfredo Chaves, no Espírito Santo, até o póximo dia 8/0; Nova Xavantina, em Mato Grosso, de amanhã (7) até o dia 16; São Felix do Xingu, no Pará, de amanhã até o dia 15; Buriticupu, no Maranhão, de 12 a 15 deste mês; e Viseu, no Pará, de 14 a 29.
Balanço
Desde o dia 9 de abril, quando teve início o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600, 50 milhões de brasileiros receberam o crédito do benefício, segundo a Caixa. Ao todo, mais de R$ 35 bilhões já foram creditados.
Até as 9h de hoje, 51,1 milhões de cidadãos se cadastraram para solicitar o benefício. O site oficial da Caixa superou a marca de 696 milhões de visitas, e a central exclusiva 111 registra mais de 130 milhões de ligações.
O aplicativo Auxílio Emergencial Caixa conta com 76,9 milhões de downloads, e o aplicativo Caixa Tem, para movimentação da poupança digital, ultrapassa 82 milhões de downloads.
Outras informações podem ser obtidas pelo site, pela central de atendimento da Caixa 111 ou pela Central de Atendimento do Ministério da Cidadania 121.
Fonte: UOL (Com informações da Agência Brasil)