Na conjuntura atual, em decorrência da pandemia provocada pelo novo coronavírus, o isolamento social é uma das soluções mais eficazes para evitar seu contágio e proliferação, até que as chances de contágio diminuam.
Porém, muitas pessoas que dependem dessa interação para trabalhar estão em uma situação crítica.
Somos artistas e jamais iremos parar de lutar pelos nossos direitos, precisamos de oportunidades, possibilidades e recursos, sabemos que a luta é constante, uma incessante batalha, porém acreditamos que nossos impulsos ativos e nossa sensibilidade artística nos instrui a encarar os problemas com atitude, responsabilidade e confiança.
Nos sentimos nesse momento desamparados, esquecidos, abstraídos pelo poder público, reconhecemos a prioridade de investimentos na saúde, mas não podemos permitir que tratem nossa privação atual com rejeição e desprezo.
Chamo agora a atenção das autoridades para voltar o olhar para a classe artística, que sofre com as restrições e medidas necessárias adotadas, assim como a necessidade de isolamento social, isso obviamente afetou diretamente a população em sua totalidade, principalmente aqueles que tinham e têm o seu exercício profissional como única fonte de renda, e se encontram todos sem o mínimo rendimento financeiro.
Continuemos firmes, pois essa vibração de força e fé nos rege a lutar pelo reconhecimento dos nossos valores e direitos.
Por Adriana Alencar. Coreógrafa, coordenadora e diretora do Unidance e integrante do Maracatu Raízes
*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri