O Ministério da Saúde anunciou hoje que subiu para 432 o número de mortes pelo novo coronavírus no Brasil —aumento de 73 óbitos confirmados nas últimas 24 horas.
No total, são 10.278 casos oficiais no país até agora, segundo o governo —1.222 casos novos de ontem para hoje—, com uma mortalidade de 4,2%.
A princípio eram 431 mortes —sendo 72 de ontem para hoje—, mas a pasta atualizou os dados pouco tempo depois, incluindo um óbito no Mato Grosso.
A região que mais concentra casos de covid-19, segundo o ministério, é a Sudeste (6.295). Na sequência estão Nordeste (1.642); Sul (1.139); Centro-Oeste (675) e Norte (527).
81% das mortes foram de idosos
Segundo o Ministério da Saúde, 81% das mortes foram de pacientes acima dos 60 anos. Entre as vítimas, 79% tinham algum problema de saúde considerado um fator de risco, como doenças do coração (cardiopatias) e diabetes.
Outros 21% dos pacientes (76 casos) que morreram não apresentavam problemas de saúde preexistentes. Neste grupo, 32% (24 casos) tinham menos de 60 anos.
Essas estatísticas levam em consideração um estudo feito com 360 dos 432 óbitos já registrados até o momento.
Transmissão ‘mais lenta’ que nos EUA e Espanha
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, afirmou que o avanço da transmissão do vírus no Brasil está ocorrendo numa velocidade mais lenta que em outros países onde a doença já se alastrou, como Estados Unidos e Espanha. A comparação é feita a partir do registro do 100º caso nesses países e no Brasil até a fase atual.
“Em relação à curva [de casos] do Brasil com demais países, desde que tivemos o caso 100, a nossa curva está tranquila. Ela está abaixo das curvas de crescimento da Espanha, abaixo da curva de crescimento dos EUA, nesse período até hoje”, disse.
Segundo o secretário, é esperado que cinco estados brasileiros devam passar por um aumento rápido no número de casos nas próximas semanas. A afirmação é feita com base no comportamento da doença em outros países onde o vírus de disseminou antes que no Brasil.
Os estados monitorados com atenção pelo Ministério da Saúde são: Distrito Federal, São Paulo, Ceará, Rio de Janeiro e Amazonas.
Rede privada pode ser necessária
O Ministério da Saúde admitiu ontem que pode precisar de leitos da rede privada, embora o SUS (Sistema Único de Saúde) esteja dando suporte aos hospitais particulares na atual fase da pandemia.
Na ocasião, Gabbardo afirmou que está monitorando a situação dos leitos e que, no momento, a rede privada tem necessitado mais do SUS do que o contrário. “Nós vamos passar a acompanhar e monitorar a utilização dos leitos de UTI tanto da rede do SUS como da rede privada”, garantiu.
Fonte: UOL