Um relatório do Ministério da Saúde divulgado nesta sexta-feira (3) aponta que o Ceará pode estar em fase de transição de fase epidêmica do novo coronavírus, passando de transmissão localizada para aceleração descontrolada da pandemia.
De acordo com os dados do relatório, é preocupante a situação do Distrito Federal, São Paulo, Ceará, Rio de Janeiro e Amazonas, considerando o Coeficiente de Incidência nacional de 4,3 casos por 100.000 habitantes. No Ceará, a incidência é de 6,3 casos para cada 100 mil habitantes.
Conforme a Secretaria Estadual do Ceará (Sesa), são 680 casos confirmados no Ceará até este sábado (4). O estado registra também 22 mortes, o terceiro maior número de óbitos no país.
Sinal de alerta
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou na sexta-feira (3) que monitora a situação de Fortaleza. “Temos alguns números de cidades que têm muito fluxo internacional, como foi o caso no Ceará, de Fortaleza, em que os casos foram muito notificados”, pontuou.
Conforme o ministro, isso ocorre porque os cinco estados têm os maiores coeficientes de incidência – números de casos em relação à população do Estado. Nesse quesito, o Ceará é o terceiro do Brasil, com 6,8 habitantes com Covid-19 a cada 100 mil habitantes. Acima só estão Distrito Federal (13,2) e São Paulo (8,7).
Estratégia de mitigação
O número maior de notificações no Ceará, segundo o secretário de Saúde Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o Dr. Cabeto, se deve a uma questão estratégica.
“Isso mostra uma estratégia do Estado do Ceará de tentar ampliar as notificações para que a gente possa entregar aos pesquisadores, epidemiologistas, médicos e profissionais de saúde a realidade mais adequada”, disse o gestor.
De acordo com o secretário, o Ceará tem realizado, em média, 400 exames de investigação da presença do novo coronavírus no sangue de pacientes a cada dia.
Fonte: G1 CE