O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o título de cidadão honorário de Paris nesta 2ª feira (2.mar.2020), na prefeitura da capital francesa. A condecoração foi entregue pela prefeita da cidade, Anne Hidalgo. Lula estava acompanhado pela ex-presidente Dilma Rousseff e por Fernando Haddad, candidato derrotado na disputa presidencial de 2018.
O título foi concedido a Lula em outubro de 2019 por integrantes do Conselho de Paris devido ao trabalho do petista para a redução de desigualdades sociais no Brasil.
Antes de receber o título, o petista se encontrou com o ex-presidente da França François Hollande.
Em seu discurso, o ex-presidente recordou o tempo que esteve preso e voltou a chamar o ministro, Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), de “mentiroso”. O então juiz condenou Lula a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex em Guarujá (SP).
Lula aproveitou a homenagem para defender o governo do PT. Ele afirmou que “estávamos no caminho certo, porque 36 milhões saíram da pobreza extrema.”
Ele também fez referência ao seu encontro com o Papa Francisco, em 13 de fevereiro. O petista disse que ficou “contagiado pelo entusiasmo com que ele [Papa Francisco] convoca os jovens economistas a debater e buscar saídas” para a desigualdade social.
Tour pela Europa
O ex-chefe do Executivo tem outros 2 países no seu itinerário: Suíça e Alemanha.
Ele embarcou para a França no último sábado (29.fev). Nesta 2ª, ele deve ainda participar do “Festival Lula Livre”, no Théâtre du Soleil.
A agenda de Lula em Paris incluía ainda uma visita ao Jardim Marielle Franco. De acordo com informações da Rádio França Internacional, a prefeitura da cidade cancelou o evento.
Em 6 de março, Lula chega a Genebra, na Suíça, onde se reúne com integrantes do Conselho Mundial das Igrejas. A organização é formada por 340 igrejas de 120 países.
Ainda na cidade, o petista participa de encontro com sindicalistas. Em Berlim, Lula tem encontro marcado com políticos e líderes sindicais. No dia 9 de março, ainda na capital alemã, participa do Encontro em Defesa da Democracia no Brasil. O ato reunirá representantes dos comitês internacionais da campanha “Lula Livre”.
O político informou à Justiça sobre seu itinerário. Apesar de ele ter deixado a prisão em novembro de 2019, ainda responde a 6 processos e está impedido de se candidatar por ter sido condenado pela 2ª Instância.
Fonte: Poder360