Se você perdeu o celular — seja por assalto, furto ou desatenção — alguns recursos são importantes para aumentar a segurança de seus dados pessoais e as chances de recuperar o aparelho.
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Uma dessas ferramentas é o IMEI (sigla em inglês para “Identidade Internacional de Equipamento Móvel”), uma espécie de “RG” que identifica cada aparelho.
Esse código pode te ajudar na hora de bloquear o acesso do celular à rede das operadoras, o que garante que ele não volte a ser usado como telefone. A sequência também serve para rastrear até mesmo o dispositivo que não esteja mais com seus dados salvos e chip inserido.
Vale lembrar que você tem que limpar os dados do aparelho antes de usar fazer o bloqueio. Se bloquear antes, o dispositivo pode ficar sem conexão à internet e assim não será possível excluir os dados salvos.
Como descobrir o IMEI
É fácil de encontrar o IMEI caso tenha o celular em mãos, nota fiscal ou caixa do aparelho (veja na arte abaixo).
Mas não se desespere caso tenha perdido o celular e não saiba onde está caixa do aparelho. O sistema operacional das principais fabricantes (Google, Apple ou Samsung) te ajuda a descobrir o número em poucos passos.
Google (Android):
1. Acesse o site “google.com/android/find”;
2. Clique “i” rodeado de um círculo, ao lado do nome do aparelho.
Apple (iOS):
1. Acesse “appleid.apple.com”;
2. Entre com o ID Apple que estava conectado no celular que foi roubado ou perdido;
3. Em “Dispositivos”, clique no seu iPhone. A tela irá mostrar informações do dispositivo, entre elas o IMEI.
Samsung (Android):
1. Acesse o site “findmymobile.samsung.com”;
2. Faça login com a sua conta Samsung que estava conectada no aparelho;
3. Procure o celular na barra lateral e clique nos três pontos;
4. Entre em Informações do IMEI e siga as instruções para visualizar o código.
Por que ajuda ter o IMEI?
Antes de mais nada, é importante esclarecer que não é necessário ter esse código para bloquear o celular. Essa etapa pode ser realizada com as operadoras ao fornecer dados pessoais.
Mas, quando for tratar da perda com a polícia, ter o IMEI em mãos pode facilitar o processo de bloqueio e será fundamental caso exista chance de rastreio. Entenda:
• algumas operadoras podem pedir o boletim de ocorrência policial para realizar o bloqueio. Você agiliza esse processo ao fornecer o IMEI aos policiais, que já comunicarão às operadoras para cancelar os dados móveis daquele aparelho;
• com o registro do IMEI no B.O, os investigadores podem rastrear o celular e seu dono caso o aparelho seja ativado ou encontrado em alguma operação.
Em Pernambuco, entre janeiro e março deste ano 2.431 telefones roubados foram devolvidos aos donos por meio do IMEI cadastrado no programa Alerta Celular.
Na Bahia, a Secretaria de Segurança Pública Bahia também tem um sistema para cidadãos cadastrarem o código de seus celulares como prevenção a perdas.
Também vale ressaltar que mesmo se você apenas perder o celular (sem nenhuma suspeita de roubo) é recomendado registrar a ocorrência na delegacia.
Onde consultar o IMEI bloqueado?
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) disponibiliza um portal para consultar se o IMEI foi bloqueado: “https://www.gov.br/anatel/pt-br/assuntos/celular-legal/consulte-sua-situacao“.
Além de checar um bloqueio, a página também pode verificar outras possíveis irregularidades no celular, como adulteração no celular ou a falta de homologação da Anatel.
O que o IMEI bloqueado causa no celular?
A Anatel afirma que o bloqueio do IMEI impossibilita o celular de fazer conexão às redes das prestadoras com outros chips.
No entanto, outras funcionalidades do aparelho, como apps, wi-fi, bluetooth, continuarão funcionando.
Mas o bloqueio não garante que o aparelho não seja mais usado com outro chip, segundo profissionais da segurança pública.
“Não raras vezes a polícia apreende telefone que tem esse registro de roubado ou furtado [com o IMEI bloqueado], mas ele está funcionando com chip”, diz o delegado titular da 3ª DCCiber (Divisão de Crimes Cibernéticos) da Polícia Civil de São Paulo, Carlos Ruiz.
“Me parece que às vezes há uma dificuldade da Anatel de realizar esse bloqueio efetivo. Ela realiza o bloqueio em uma boa parte dos casos, mas têm casos que escapam”, completa Rafael Alcadipani, pesquisador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Em resposta, a Anatel afirmou ao g1 que em celulares com dois chips, cada um dos cartões é associado a um código diferente. Por isso, se só um é bloqueado o outro pode continuar disponível.
“Outra prática para burlar o bloqueio é a adulteração e clone do IMEI, condutas essas que se busca mitigar com aprimoramentos que foram implementados nos sistemas de bloqueio”, justificou a agência.
Fonte: g1