Todos os dias, em horários variados, os usuários do BeReal recebem uma notificação em seus smartphones para tirar uma foto e compartilhar exatamente o que estão fazendo naquele momento. Sem filtros ou botões de “curtir”, o BeReal vem ganhando popularidade entre jovens dos Estados Unidos, baseado na premissa de que “é hora de ser real”, isto é, to be real.
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Criado em 2020, o aplicativo começou a ser notado por estudantes norte-americanos só agora. “É uma visão nova e interessante do que as pessoas já gostam nas mídias sociais”, disse Bobi Knox, estudante da Universidade de Iowa em uma reportagem do jornal universitário. Knox usa o BeReal há pouco mais de dois meses.
A ideia por trás da plataforma é fazer frente a outras redes sociais, como o Instagram, onde é possível escolher dentre milhares de filtros e onde o botão de “curtir” é a principal forma de engajamento — utilizada, inclusive, como métrica para influenciadores e criadores de conteúdo fecharem trabalhos com as marcas. Em seu site oficial, o app se vende como “uma maneira nova e única de descobrir quem seus amigos realmente são em sua vida diária”.
E parece estar dando certo. Segundo reportagem da Bloomberg, o BeReal está ganhando popularidade porque quebra essa lógica de busca por likes, e pessoas comuns podem tirar fotos comuns e mais realistas, muitas vezes pouco ou nada glamurosas. No momento em que o usuário recebe a notificação, ele tem até dois minutos para capturar uma imagem, que é feita simultaneamente com a câmera frontal e a de trás. Ele pode até postar uma foto “atrasado”, mas não conseguirá ver as postagens dos amigos até que tenha feito uma.
“Muitas coisas mostram como as mídias sociais são fake, e você realmente não pode fazer isso no BeReal”, afirma Mia Nelson, estudante da Universidade do Minnesota.
No lugar de curtidas, os usuários reagem de outra maneira às postagens dos amigos: podem enviar fotos mostrando sua reação ou deixar comentários. Embora ainda não tenha viralizado no Brasil, o app já está disponível para usuários brasileiros na Apple Store e no Google Play.
Segundo a Bloomberg, uma empresa com sede em Paris está por trás do BeReal. A companhia teria sido cofundada por Kévin Perreau e Alexis Barreyat. Eles levantaram dinheiro de empresas de capital de risco sediadas nos EUA, como Andreessen Horowitz, Accel Partners e DST Global Partners, que liderou uma rodada da Série A de US$ 36,6 milhões, encerrada em junho de 2021. Ambos os executivos não responderam aos pedidos de entrevista da Bloomberg.
Fonte: Época Negócios