O Ministério da Agricultura determinou, nesta quarta-feira (4), a suspensão temporária da produção de refrigerantes em uma unidade da Solar Coca-Cola, localizada em Fortaleza. A fábrica é operada pela segunda maior fabricante dos produtos da Coca-Cola no país.
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A decisão foi anunciada pelo ministro Carlos Fávaro, após a identificação de componentes dos refrigerantes, como cafeína, no líquido de resfriamento usado no processo de fabricação. Esse líquido é composto por etanol alimentício (álcool comestível) e água.
🧪 Investigação quer saber se houve contaminação
Segundo Fávaro, a principal preocupação do governo é investigar se houve contaminação dos refrigerantes pelo etanol durante o processo industrial. Se confirmada, a presença de álcool na bebida, ainda que em pequenas quantidades, pode configurar infração comercial, já que refrigerantes não devem conter nenhum teor alcoólico.
“Se tiver a presença de etanol alimentício [no refrigerante], não pode comercializar. Mas, se por acaso alguém consumir, não vai morrer”, disse o ministro, destacando que não há risco à saúde, mas sim incompatibilidade com normas comerciais.
Em tom bem-humorado, Fávaro afirmou: “Se tiver etanol alimentício, aí virou uma Cuba-libre”.
🔬 9 milhões de litros em análise
A empresa iniciou ainda nesta quarta-feira (4) o processo de verificação interna. Cerca de 9 milhões de litros de refrigerantes produzidos na unidade foram encaminhados para análise laboratorial, segundo o Ministério da Agricultura.
A expectativa é que o resultado das investigações seja concluído ainda hoje, permitindo ao governo decidir sobre a continuidade ou não da paralisação.
🤝 Empresa ainda não se pronunciou
A Solar Coca-Cola possui diversas unidades operacionais em todo o Brasil, mas apenas a fábrica de Fortaleza foi alvo da suspensão. O Revista Cariri entrou em contato com a empresa, que até o momento não se pronunciou oficialmente sobre o caso. Se houver retorno, a matéria será atualizada.
Por Fernando Átila