O câncer de ovário é a terceira neoplasia ginecológica mais comum entre as mulheres brasileiras, ficando atrás apenas dos cânceres de colo do útero e endométrio, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Cerca de 95% dos casos são de origem epitelial — células que revestem a superfície externa dos ovários.
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No Hospital Regional Vale do Jaguaribe (HRVJ), equipamento da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), localizado em Limoeiro do Norte, o tumor é o segundo tipo de câncer ginecológico mais comum entre as pacientes oncológicas da unidade, atrás apenas do câncer de útero. No ranking geral de incidência no hospital, o câncer de ovário ocupa a quarta posição, sendo precedido pelos de mama, colo do útero e pele não melanoma.
Atualmente, 34 mulheres com câncer de ovário estão em tratamento no HRVJ, que atende um total de 937 pacientes oncológicos ativos.
A data de 8 de maio, marcada como o Dia Mundial do Câncer de Ovário, foi lembrada pelo hospital com ações educativas. Em entrevista, o médico oncologista Bruno Águila falou sobre o diagnóstico, prevenção e sinais da doença.
👩⚕️ Sintomas e fatores de risco
“O câncer de ovário pode apresentar sintomas vagos e inespecíficos, como inchaço abdominal, dor pélvica, vontade frequente de urinar, prisão de ventre ou diarreia e sangramento vaginal anormal”, explica Bruno Águila.
Ele alerta que, em muitos casos, os sintomas só surgem em estágios avançados, o que dificulta o diagnóstico precoce. Os fatores de risco incluem:
• Idade acima de 50 anos;
• Histórico familiar de câncer de ovário ou mama;
• Mutações genéticas como BRCA1 e BRCA2;
• Ausência de gestações.

🔬 Diagnóstico e rastreamento
Segundo o oncologista, não existe exame de rastreio eficaz para mulheres sem sintomas. Por isso, o acompanhamento ginecológico regular é fundamental. Em casos suspeitos, os exames utilizados são:
• Ultrassonografia transvaginal;
• Marcador tumoral CA-125 (sangue);
• Ressonância magnética ou tomografia, se necessário.
O diagnóstico definitivo é feito por biópsia, geralmente durante procedimento cirúrgico.
🛡️ Prevenção e cuidados
Embora não haja formas garantidas de prevenir o câncer de ovário, algumas práticas podem reduzir o risco:
• Uso prolongado de anticoncepcionais orais;
• Gestações e amamentação;
• Cirurgias preventivas em mulheres com alto risco genético;
• Alimentação saudável e consultas ginecológicas regulares.
“Detectar alterações no início ainda é a principal chance de sucesso no tratamento. O cuidado com a saúde reprodutiva é essencial”, reforça o médico.
Por Aline Dantas