O Instituto Nacional de Câncer (Inca), vinculado ao Ministério da Saúde (MS), reforçou a importância da prática regular de atividades físicas no combate e controle do câncer. Em comunicado divulgado recentemente, o órgão destacou os benefícios dos exercícios não apenas para a saúde física, mas também para o bem-estar mental e social.
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De acordo com o Inca, a prática de atividades físicas reduz o risco de diversos tipos de câncer, como de mama, próstata, endométrio, cólon e reto. Além disso, os exercícios podem ajudar pacientes oncológicos em tratamento, reduzindo sintomas como a fadiga e melhorando a qualidade do sono e o estado psicossocial.
“O posicionamento enfatiza que a atividade física tem potencial tanto na prevenção quanto no controle dos sintomas durante o tratamento, contribuindo para o bem-estar geral dos pacientes”, explica Fábio Carvalho, coordenador de Prevenção e Vigilância do Inca.
O instituto ressalta ainda que a prática de exercícios deve ser adaptada às condições de cada indivíduo e, sempre que possível, acompanhada por profissionais de saúde, como fisioterapeutas ou educadores físicos.
Cenário alarmante no Brasil
Dados do Ministério da Saúde revelam que, em 2023, o Brasil registrou 704 mil novos casos de câncer, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, responsáveis por 70% da incidência da doença. Entre os tipos mais comuns estão o câncer de mama, próstata e cólon e reto.
No mesmo ano, foram contabilizadas mais de 16 mil mortes causadas por câncer de próstata em homens e mais de 18 mil óbitos por câncer de mama entre mulheres.
Esses números reforçam a necessidade de ações preventivas. “Estimular hábitos saudáveis, como a prática de exercícios, é essencial para evitar novos casos e melhorar a qualidade de vida de quem já enfrenta a doença”, ressalta Carvalho.
Apoio do SUS e alternativas acessíveis
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece programas gratuitos de atividade física em diversas localidades. Segundo o Inca, profissionais das unidades de saúde, como enfermeiros e nutricionistas, podem orientar sobre práticas seguras e adaptadas à rotina dos pacientes.
Para aqueles sem acesso a programas estruturados, opções simples no dia a dia podem ser eficazes, como caminhar em vez de usar o carro para trajetos curtos. “Pequenas mudanças na rotina, como subir escadas ou fazer uma caminhada diária, já podem trazer benefícios significativos”, afirma o coordenador do Inca.
Adaptação ao tratamento
A prática de exercícios durante o tratamento deve ser alinhada com a equipe médica responsável. Carvalho enfatiza que atividades supervisionadas são ideais, mas não indispensáveis para que os pacientes obtenham os benefícios.
“Mesmo em condições limitadas, é possível manter o corpo em movimento e melhorar a qualidade de vida. A chave é adaptar as atividades às necessidades e possibilidades de cada pessoa”, conclui Carvalho.
Por Fernando Átila