A Universidade Regional do Cariri (URCA) recebeu oficialmente, na tarde desta quarta-feira (7), 25 peças fósseis de insetos repatriadas do Reino Unido, resultado de uma ação do Ministério Público Federal (MPF). O material, de alta relevância científica, havia sido retirado clandestinamente da Chapada do Araripe, no Ceará, e era ofertado para venda em um site internacional especializado na comercialização de rochas e fósseis.
Curta, siga e se inscreva nas nossas redes sociais:
Facebook | X | Instagram | YouTube | Bluesky
Sugira uma reportagem. Mande uma mensagem para o nosso WhatsApp.
Entre no canal do Revista Cariri no Telegram e veja as principais notícias do dia.
Os fósseis foram recuperados graças a uma denúncia anônima feita por uma pesquisadora brasileira ao MPF, e chegaram ao Brasil no início de abril. As peças ainda traziam as etiquetas originais com valores em euros — no total, o conjunto é avaliado em aproximadamente 600 mil euros, o equivalente a cerca de R$ 4 milhões, considerando a cotação atual.

🚫 Venda de fósseis é proibida no Brasil
A legislação brasileira proíbe a extração, comercialização, transporte e exportação de fósseis sem autorização expressa do governo federal. Segundo o MPF, a ação que resultou na devolução reforça o combate ao tráfico internacional de bens do patrimônio científico e cultural brasileiro.
🦗 Fósseis serão preservados na URCA
Os fósseis agora estão sob a guarda do Museu de Paleontologia da URCA, em Santana do Cariri. A universidade planeja realizar, em breve, uma solenidade pública de apresentação das peças repatriadas.
O acervo contribuirá para pesquisas científicas e exposições educativas, além de reforçar o papel da instituição como referência nacional em paleontologia, especialmente no estudo dos fósseis da Bacia do Araripe, considerada uma das mais importantes do mundo.
Por Aline Dantas