A estudante Maria de Fátima Pinheiro Melo, de apenas 9 anos, virou símbolo da luta por uma alimentação escolar mais diversificada em Juazeiro do Norte. Após reclamar publicamente da constante presença de soja nas refeições servidas em sua escola, a menina viu seu vídeo viralizar nas redes sociais e, dias depois, começou a comemorar melhorias na merenda.
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“Hoje, graças a Deus, não teve soja. Foi arroz com frango, com feijão, uma delícia”, disse a aluna em um novo vídeo publicado na quarta-feira (11). Ela agradeceu o apoio de internautas que compartilharam sua crítica e ajudaram a levar o caso a autoridades municipais. Assista:
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📌 Impacto imediato na merenda
Ao Revista Cariri, a mãe da aluna, Alane Kelly Cassiano Pinheiro Melo, de 36 anos, relatou que o cardápio escolar passou a contar com novas proteínas, como frango e sardinha. Ela relatou que outros alunos também perceberam a mudança e agradeceram à filha: “Ontem ela chegou em casa dizendo que foi cuscuz com sardinha e teve até suco, que era uma coisa que não vinha tendo com frequência”, disse.
📱 Popularidade nas redes e preocupação familiar
Com a repercussão, Maria de Fátima viu sua conta no Instagram ultrapassar 30 mil seguidores. O sucesso trouxe orgulho, mas também cautela à família. A mãe explicou que ela e o esposo monitoram de perto as interações da filha na internet: “Ela está amando essa repercussão. Sempre quis ficar famosa. Mas o medo é grande, pois ela ainda é uma criança”, disse.
“Tentamos proteger ela ao máximo, especialmente dos comentários maldosos. Mas, graças a Deus, a maioria é positiva.”
📜 Como tudo começou
O vídeo viral foi gravado durante uma audiência pública na Câmara Municipal, na última sexta-feira (6), onde a estudante surpreendeu os vereadores ao criticar a repetição do cardápio: “Ninguém aguenta mais comer soja”, afirmou. “Pelo menos uma carninha.”
A fala espontânea e firme da menina mobilizou a opinião pública e colocou pressão sobre a gestão municipal. Veja o vídeo:
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🏛️ Resposta do poder público
O prefeito Glêdson Bezerra (Podemos) se manifestou dois dias depois, na segunda-feira (9), afirmando que investiga uma falha no fornecimento de carne para a rede de ensino. Segundo ele, a Prefeitura adquiriu 17 mil quilos de carne, mas apenas mil foram entregues, com mais oito mil chegando em um segundo lote — ainda insuficiente para atender os cerca de 34 mil alunos da rede.
Diante do problema, a gestão abriu um procedimento administrativo contra a empresa fornecedora e anunciou a intenção de firmar contratos com produtores da agricultura familiar para garantir o fornecimento de carnes vermelhas e filé de peixe.
Por Bruno Rakowsky