Pesquisadores da Universidade Regional do Cariri (URCA) fizeram um achado histórico: após 110 anos sem registros, a espécie de megalóptero Corydalus diasi voltou a ser identificada no Ceará. O registro foi feito em riachos do município de Missão Velha, revelando novos dados sobre sua distribuição geográfica e seus limites ecológicos.
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A espécie havia sido descrita pela primeira vez em 1915, por Longinos Navás, a partir de exemplares coletados em Fortaleza e enviados por Dias da Rocha, cuja homenagem originou o nome diasi. Desde então, nenhum outro registro seguro havia sido confirmado.
O novo material coletado permite atualizar informações sobre habitat, condições ambientais e ocorrência da espécie, até então conhecida apenas por seus exemplares originais.

📌 “Um marco histórico”, dizem os pesquisadores
A mestranda Maria Dandara Cidade Martins (UESB), egressa da URCA e responsável pelo registro, destacou a relevância científica e simbólica da descoberta: “Encontrar Corydalus diasi novamente depois de tanto tempo foi emocionante. Além do valor científico, essa redescoberta reforça a importância de continuar explorando e estudando a biodiversidade da nossa Chapada do Araripe, que ainda guarda muitas surpresas.”
O professor Carlos Eduardo R. D. Alencar (PPGDR-URCA), orientador de Dandara, reforça o impacto do achado: “A redescoberta não só representa um marco histórico para a espécie no Ceará, mas também evidencia que diversos grupos animais da Chapada do Araripe ainda são pouco conhecidos. Por isso, estudos de levantamento da biodiversidade são fundamentais para compreendermos a base da biodiversidade local”, diz.
🗺️ Distribuição revisada e estudo internacional
A pesquisa revisitou todas as localidades conhecidas para Corydalus diasi, reunindo:
• novos dados de campo produzidos pela equipe;
• informações de coleções científicas brasileiras e estrangeiras;
• atualização da distribuição geográfica da espécie, atualmente restrita à América do Sul;
• proposta da primeira hipótese biogeográfica para C. diasi.
O estudo foi publicado na Revista Chilena de Entomología e contou com a participação do egresso da URCA, Edinardo da Silva Santos.
Por Fernando Átila










