O ministro Alexandre de Moraes revelou, na decisão que decretou a prisão preventiva de Jair Bolsonaro, que o Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal alertou o STF sobre uma “violação do equipamento de monitoramento eletrônico” usado pelo ex-presidente, indicando possível tentativa de fuga na madrugada deste sábado (22).
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Segundo Moraes, a ruptura da tornozeleira teria ocorrido por volta de 0h08min do dia 22/11/2025. Para ele, o episódio demonstra a intenção do condenado de se livrar do monitoramento eletrônico, favorecendo um plano de evasão.
Moraes afirma que a ruptura buscava “garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”.
O ministro destaca ainda que o comportamento segue o modus operandi já visto em outras ocasiões, envolvendo tumultos provocados por apoiadores e estratégias para dificultar a ação das autoridades.
📌 Motivos apontados pelo ministro
O despacho afirma que há elevado risco de fuga por diversos fatores:
• Convocação de apoiadores para criar tumulto;
• Possibilidade de que Bolsonaro tentasse abrigo em embaixadas próximas à sua residência;
• Histórico de aliados e familiares que já deixaram o país para evitar cumprimento de decisões judiciais;
• Condenação recente a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar tentativa de golpe.
Moraes acrescenta que a proximidade do trânsito em julgado e a convocação de vigília no condomínio do ex-presidente aumentam o risco e justificam a prisão preventiva.
🚓 Prisão e deslocamento para a PF
Jair Bolsonaro foi preso na manhã deste sábado, a pedido da Polícia Federal, diante do risco de fuga e para garantir a ordem pública.
A convocação da vigília havia sido feita por Flávio Bolsonaro, o que, segundo o STF, reforçou o alerta de possível evasão.
O ex-presidente foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília.
🧩 Aliados já haviam deixado o país
A decisão cita que outros aliados próximos também recorreram à fuga para evitar ações da Justiça:
• Alexandre Ramagem Rodrigues, corréu condenado;
• Carla Zambelli, aliada política, condenada;
• Eduardo Nantes Bolsonaro, denunciado pela PGR.
Moraes afirma que, no caso de Zambelli e Eduardo Bolsonaro, a fuga também teve como objetivo dar continuidade a crimes como:
• Coação no curso do processo;
• Obstrução de investigação envolvendo organização criminosa;
• Abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Por Bruno Rakowsky










