O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu aval, nesta quarta-feira (1º), para que o Ministério dos Transportes avance com o projeto que extingue a obrigatoriedade de frequentar autoescola para a emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A previsão é de que a medida entre em vigor ainda em novembro deste ano, segundo o ministro Renan Filho.
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Atualmente, uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) exige no mínimo 20 horas de aulas em autoescolas. Essa regra só poderia ser revista com decisão presidencial — agora autorizada por Lula.
Com isso, o Ministério dos Transportes abrirá um processo de consulta pública nesta quinta-feira (2), com prazo de 30 dias, para receber sugestões da sociedade civil antes da implementação final da proposta.
O que muda na prática
O projeto do ministério prevê o fim da obrigatoriedade de aulas teóricas e discute o patamar mínimo de aulas práticas. Ainda não há definição sobre quantas horas poderão ser mantidas, mas a pasta defende a flexibilização.
“Estamos abertos a ouvir propostas da sociedade civil, mas o objetivo é estimular a formalização e reduzir o custo da CNH. A redução poderá ser de 70% a 80%, a depender da exigência mínima de aulas práticas ou não”, explicou Renan Filho.
Justiça social e desburocratização
O ministro defende que a medida vai trazer “justiça social” ao processo de habilitação, reduzindo custos e eliminando barreiras burocráticas. Ele garantiu, porém, que as provas teóricas e práticas aplicadas pelos Detrans continuarão obrigatórias.
Se aprovada, a proposta valerá inicialmente apenas para as categorias A (motocicletas) e B (veículos de passeio). Caso a experiência seja considerada positiva, o governo poderá ampliar a regra para outras categorias.
Número alto de motoristas irregulares
A pasta estima que cerca de 40 milhões de motoristas no país dirijam sem habilitação em razão do alto custo da CNH. No caso das motocicletas, o índice é ainda mais preocupante: 55% dos donos não possuem habilitação, o que indica direção irregular em grande escala.
Renan Filho afirma que a medida também busca atacar essa informalidade: “Nosso objetivo é permitir que motoristas que hoje estão na irregularidade possam se formalizar, com custo mais acessível e processo simplificado.”
Por Bruno Rakowsky









