A CPI da Covid decidiu antecipar para esta quinta-feira (01) o depoimento de Luiz Paulo Dominguetti, homem que se apresentou como representante da Davati Medical Supply — que diz ser intermediária na venda da vacina AstraZeneca — e denunciou um suposto esquema de propina no governo em entrevista publicada ao jornal Folha de S.Paulo. Assista:
Dominguetti está sendo ouvido no lugar de Francisco Maximiano, empresário investigado no caso Covaxin, que conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de permanecer em silêncio.
Integrantes da CPI avaliaram que, após a decisão do STF, não valia mais a pena levar Maximiano à CPI pelo risco de repetir o desempenho do empresário Carlos Wizard , que, nesta quarta-feira (30), valeu-se da mesma prerrogativa concedida pelo Supremo para não responder às perguntas feitas pelos senadores. A mudança no calendário foi oficializada na noite desta quarta-feira (30).
A Davati publicou, em nota, que Dominguetti não possui nenhum tipo de vínculo empregatício com a empresa. “Nesse caso, ele apenas intermediou a negociação da empresa com o governo, apresentando o senhor Roberto Dias. Sobre a denúncia relatada por Dominguetti, de que o Ministério da Saúde teria solicitado uma ‘comissão’ para a aquisição das vacinas, a Davati afirma que não tem conhecimento”, ressaltou.
A tendência é que reafirme a explosiva declaração de que o ex-diretor do Ministério da Saúde, Roberto Dias, lhe pediu propina. Ele também terá que explicar por que a empresa não confirma que ele seja seu representante no Brasil, assim como outras suspeitas que marcam a atuação da Davati mundo afora.
Fonte: Agência O Globo