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O vício em bets seria a nova droga do século XXI? – Por Sebastião Cantarelli

27 de outubro de 2024
O vício em bets seria a nova droga do século XXI? – Por Sebastião Cantarelli

(Foto: Freepik)

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Nos últimos anos, o mercado de apostas online, ou bets, tem crescido exponencialmente no Brasil e no mundo. No país, onde o acesso a plataformas de apostas se tornou cada vez mais facilitado e publicizado, o vício em jogos de apostas já afeta uma parcela significativa da população, em especial jovens e adultos. Muitos questionam se essa prática, que atrai milhões com promessas de grandes retornos financeiros, não se configura como uma “nova droga” para o século XXI.

O que são as bets?
As bets, abreviação para “apostas” em inglês, referem-se às plataformas digitais onde os usuários fazem apostas financeiras em eventos esportivos, de e-sports e até mesmo em jogos de cassino. O sistema é simples: o usuário coloca dinheiro em um resultado específico e, se acertar, recebe um valor multiplicado pelo montante apostado. A popularização das bets foi impulsionada pela regulamentação parcial das apostas esportivas no Brasil em 2018, o que, juntamente com os avanços tecnológicos, permitiu a criação de aplicativos e sites intuitivos, acessíveis por qualquer dispositivo conectado à internet.

Atualmente, a indústria do betting (ou apostas) explora uma gama de jogos e resultados, criando uma experiência rápida, intensa e com resultados imediatos. Além de se tornar uma opção de entretenimento, muitas pessoas veem na aposta uma possibilidade de ganhar dinheiro rápido. Esse apelo econômico é um dos principais fatores que tornam as bets tão atraentes.

Quando o entretenimento vira vício?
O vício em apostas segue uma dinâmica semelhante ao vício em substâncias químicas, como drogas ou álcool. A excitação pelo ganho, combinada com a expectativa de sucesso em apostas futuras, desencadeia uma liberação de dopamina no cérebro, o neurotransmissor associado ao prazer. Com o tempo, o jogador passa a buscar continuamente esse sentimento de recompensa, apostando cada vez mais, inclusive quando não tem condições financeiras para isso.

A situação se agrava porque as apostas, em sua essência, envolvem um componente de sorte e aleatoriedade, e a probabilidade de perda é considerável. No entanto, o sistema de recompensas das bets faz com que a pessoa se sinta motivada a continuar jogando, acreditando que o próximo resultado será uma vitória. Muitos acabam gastando todo o seu dinheiro, acumulando dívidas e, em casos extremos, comprometendo suas relações familiares e sociais.

O impacto das bets na saúde mental
O vício em apostas pode gerar uma série de problemas psicológicos. A ansiedade e o estresse são os sintomas mais comuns, uma vez que a pessoa fica constantemente em estado de alerta sobre os resultados dos jogos. Em casos mais graves, a depressão e até o risco de suicídio são agravados, especialmente quando o usuário entra em uma espiral de perdas financeiras e endividamento.

Para os jovens, que ainda estão desenvolvendo controle emocional e discernimento, o impacto é potencialmente ainda mais devastador. Com uma crescente propaganda voltada a esse público, é comum que adolescentes e adultos jovens sejam atraídos pelas bets, desenvolvendo um comportamento compulsivo de apostas.

O papel das plataformas e da regulamentação
Embora a indústria de bets gere altos lucros, ainda há muito debate sobre o nível de responsabilidade das plataformas em relação ao impacto social de suas atividades. Hoje, algumas empresas oferecem ferramentas para limitar as apostas e promovem mensagens de “jogo responsável”, mas a eficácia dessas medidas é questionável. Sem uma regulamentação rigorosa, o acesso a essas plataformas permanece fácil, e o público-alvo, cada vez mais jovem.

No Brasil, o governo discute a regulamentação das apostas online, o que poderá impor limitações sobre os tipos de jogos oferecidos, o valor das apostas e as campanhas publicitárias. Uma legislação mais restrita poderia exigir que as plataformas informem sobre os riscos do vício, além de investir em iniciativas de prevenção e tratamento para os jogadores.

Estratégias para combater o vício
Para aqueles que já se encontram em estado de dependência ou em risco, é importante procurar ajuda. Existem centros de apoio e linhas de atendimento para orientação sobre o vício em jogos. O acompanhamento psicológico, especialmente com psicoterapias como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), tem mostrado bons resultados. Além disso, estabelecer limites financeiros e buscar alternativas de entretenimento são medidas eficazes para evitar o desenvolvimento do vício.

A criação de campanhas de conscientização e programas de educação também é essencial. Alertar o público, especialmente os jovens, sobre os riscos do vício em apostas é uma estratégia importante para criar uma cultura de jogo responsável.

Bets e o futuro: a nova droga do século?
Comparar o vício em bets com drogas químicas pode parecer exagero, mas a capacidade de causar dependência e os danos psicológicos e financeiros já tornam o fenômeno alarmante. Muitos especialistas defendem que, embora a aposta seja uma atividade de escolha pessoal, a indústria de betting cria um ambiente propício ao desenvolvimento de vícios, especialmente com a facilitação de apostas online. Portanto, é crucial que a sociedade e as autoridades reconheçam os riscos e se esforcem para implementar uma estrutura de apoio e prevenção.

As bets podem até parecer uma forma de entretenimento inofensiva, mas, para muitos, elas se tornaram um caminho perigoso que compromete não só o presente, mas também o futuro.

Por Sebastião Cantarelli, MD, PhD. Médico graduado pela USP, mestrado, doutorado e pós-doutorado em Psiquiatria e Pesquisa Clínica pela UFRJ. Especialista em Mindfulness e Saúde Mental. Professor visitante na University of Technology Sydney. Senior Fellow no International Primary Care Research Leadership Programme (Oxford) e no International Complementary Integrative Medicine Research Leadership and Capacity Building Program.

*Este artigo é de inteira responsabilidade da autora, e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri

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