Nos últimos anos, a criança tem sido vítima com muita frequência, por sofrerem as mais diferentes formas de maus-tratos, violência e negligência. Verdadeiramente um lamento.
A Instituição da Doutrina da Proteção Integral, embasada no art. 227 da Constituição da República que fomenta o Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA. Lei 8.069, há mais de vinte anos arrogou a assistência à criança e pouca assistência se presencia, a realidade é que temos crianças passado fome, crianças fora da Escola, logicamente analfabetas, crianças abandonadas, crianças violentadas, retratando o desequilíbrio social permanente.
A Infância é reconhecida como uma construção histórica, social e cultural é nela que reside a prosperidade da Nação é nela que o país deve prioritariamente investir.
É nela que os olhos da Saúde devem estacionar com ênfase, é nela que a atenção social deve se deter com assiduidade.
O país que que não cuida da CRIANÇA, está fadado a um futuro impróspero sem horizontes para o sequenciado progresso.
Contradições nas falas com contornos de bem cuidar das crianças é o que mais declina a vulnerabilidade das Politicas Publicas.
A transitoriedade de faixas etárias não são assistidas, o que forma um duplo desafio, chegando a ser desconhecido o ponto de vista biológico, que é a fase universal de desenvolvimento humano.
A triste realidade urbana com crianças nos sinais mendigando alimento, figuras desnutridas, aparência de desprezo sem higiene, é o quadro diário.
Idealizadas Secretarias de Assistência Social pra servirem como norteadoras, estão em déficit com a geração Menor de Idade.
Chegou a uma situação lastimável.
A ineficiência da aplicação de recursos, pois sabe – se que existem, o que clamamos é a ausência de responsabilidade contínua, da Assistência Social e que nela estão intrinsicamente ligadas a Educação a Saúde e Cultura. Pilares de uma Nação.
As Secretarias de Assistência Social, a maioria funciona com atividades eventuais, na verdade fazem eventos esvaziados de sustentação social, pois o mais importante é postar imagens de ilusórias ações, nas redes sociais, nutrindo um discurso por vezes incontáveis, sem fundamentos reais, ou seja, medíocres.
A incerteza do futuro que já é o óbvio, se torna muito mais duvidoso com práticas eleitoreiras que já se anunciam.
É preocupante, parece estagnar-se no campo do ‘deixa estar’.
Os projetos não saem do papel, as virgulas pra saída de condições financeiras se repetem, acolhendo justificativas que no passado chegavam a mediar.
Quanta distância, quanto descuido, quanta falácia.
Por Maria Loureto. Professora e ex-secretária de educação de Juazeiro do Norte
*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri