O papa Francisco, de 88 anos, foi diagnosticado com pneumonia bilateral, informou o Vaticano nesta terça-feira (18). O boletim médico descreve o quadro clínico do pontífice como “complexo”, ressaltando que ele segue internado e sem previsão de alta.
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A pneumonia bilateral, que atinge ambos os pulmões, é considerada mais grave do que a pneumonia comum, pois compromete significativamente a capacidade respiratória, podendo afetar outros órgãos e até a consciência do paciente.
Diante do agravamento da saúde do papa, o Vaticano cancelou toda a sua agenda para o próximo fim de semana, incluindo a audiência geral de quarta-feira (19).
Quadro clínico e internação prolongada
De acordo com o boletim divulgado pela Santa Sé, exames laboratoriais e radiografias apontaram que Francisco sofre uma infecção polimicrobiana das vias respiratórias. O pontífice, que já enfrentava um quadro de bronquiectasia (dilatação permanente dos brônquios) e bronquite asmática, precisou ter sua terapia ajustada para incluir antibióticos e corticoides.
Apesar da complexidade do caso, o Vaticano afirmou que Francisco passou uma noite tranquila, tomou café da manhã e manteve bom humor ao longo do dia.
Ainda segundo o comunicado, o papa se mostrou comovido com as mensagens de carinho e votos de melhoras que recebeu, incluindo cartas e desenhos de fiéis internados no mesmo hospital.
“Ele ora por eles e pede que orem por ele”, afirmou a Santa Sé.
Histórico de problemas respiratórios
Esta é a quarta vez que Francisco precisa ser internado por complicações respiratórias desde o início de seu pontificado, em 2013. O papa já teve parte do pulmão direito removida na juventude, após uma grave pneumonia, o que reduz sua capacidade respiratória.
No início de janeiro, o pontífice chegou a mencionar publicamente que estava com um “forte resfriado”, posteriormente diagnosticado como bronquite. A doença levou Francisco a cancelar compromissos e, em algumas ocasiões, delegar leituras de discursos a assessores.
No último domingo (9), mesmo com dificuldades respiratórias, ele insistiu em conduzir a oração do Angelus e fez um apelo pela paz em zonas de conflito ao redor do mundo.
Impacto na rotina do Vaticano
A internação prolongada de Francisco levanta preocupações sobre sua capacidade de continuar exercendo plenamente suas funções. Apesar do repouso recomendado pelos médicos, o papa continuou realizando algumas atividades à distância, como ligações para membros de uma paróquia católica em Gaza.
No entanto, o Vaticano já adiantou que o estado de saúde do pontífice exige internação hospitalar adequada e repouso absoluto, o que pode impactar sua participação em eventos futuros, incluindo cerimônias religiosas importantes.
A Santa Sé reforçou que o tratamento segue sendo ajustado conforme a evolução do quadro clínico e que novos boletins serão divulgados conforme necessário.
Por Aline Dantas