O Clube de Regatas do Flamengo escreveu um capítulo inédito na história do futebol brasileiro neste sábado (29), ao vencer o Palmeiras por 1 a 0 no Estádio Monumental de U, em Lima, no Peru, e se tornar o primeiro time do Brasil a conquistar quatro títulos da Copa Libertadores da América. Com o triunfo, o Rubro-Negro ultrapassou Santos e São Paulo, até então os únicos tricampeões nacionais da competição.
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🔄 Revanche esperada e geração vitoriosa
A vitória teve sabor especial para os flamenguistas. Em 2021, o Palmeiras levou a melhor na final disputada em Montevidéu, após erro de Andreas Pereira que resultou no gol de Deyverson. Desta vez, a história foi diferente. O volante, inclusive, estava do lado palmeirense na decisão, mas com atuação discreta.
O título de 2025 consolida uma das gerações mais vitoriosas do clube: desde 2019, o Flamengo já ergueu 16 troféus, incluindo três Libertadores (2019, 2022 e 2025). O meia Giorgian de Arrascaeta, eleito o craque da edição, e o atacante Bruno Henrique, presentes nas três conquistas, se tornaram os jogadores com mais títulos internacionais pelo Rubro-Negro.
Na próxima quarta-feira (2), o time pode ampliar ainda mais seu momento histórico: caso vença o Ceará no Maracanã, às 21h30, pode conquistar o Campeonato Brasileiro com uma rodada de antecedência.
A final em Lima trouxe lembranças de 2019 tanto para Arrascaeta quanto para Bruno Henrique, que também venceram a Libertadores no Monumental naquela campanha contra o River Plate. O técnico Filipe Luís, que agora se torna o nono profissional a ganhar a taça como jogador e treinador, estava em campo naquele confronto, assim como o auxiliar Rodrigo Caio.
⚽ Como foi o jogo
O início da partida atrasou 15 minutos devido ao trânsito de Lima, que retardou a chegada do Palmeiras ao estádio. Abel Ferreira repetiu a escalação das últimas partidas, enquanto Filipe Luís surpreendeu ao escolher Samuel Lino no lugar de Everton Cebolinha no ataque.
Nos primeiros minutos, o Flamengo dominou o campo ofensivo e criou boas oportunidades. Aos 14 minutos, Bruno Henrique recebeu lançamento de Guillermo Varela e finalizou por cima. Logo depois, Samuel Lino passou por Khellven e bateu cruzado, assustando o goleiro Carlos Miguel.
A etapa inicial se tornou mais tensa e marcada por faltas. Antes dos 40 minutos, foram quatro cartões amarelos distribuídos — três para o Flamengo e um para o Palmeiras. Um dos lances mais reclamados ocorreu quando Erick Pulgar atingiu Bruno Fuchs com o jogo parado; atletas palmeirenses pediram cartão vermelho, mas o árbitro manteve o amarelo.
O Palmeiras reagiu e passou a chegar com mais frequência ao ataque. A melhor chance veio em cruzamento de Khellven, que encontrou Vitor Roque. O atacante cabeceou para baixo, e a bola passou rente ao travessão.
🟥 O gol do título
No segundo tempo, as duas equipes voltaram mais agressivas. O Flamengo seguiu impondo ritmo e foi premiado pela superioridade.
Aos 21 minutos, Arrascaeta cobrou escanteio pela esquerda e encontrou Danilo, que subiu livre para cabecear no canto direito de Carlos Miguel. Exatos 14 anos depois de marcar o gol do título do Santos contra o Peñarol na Libertadores de 2011, o zagueiro voltou a decidir uma final — agora pelo Rubro-Negro.
O Palmeiras pressionou em busca do empate. Aos 43 minutos, Vitor Roque teve a melhor chance palmeirense no segundo tempo, após rebote de escanteio. O chute, no entanto, desviou em Danilo e saiu pela linha de fundo.
Everton Cebolinha, que começou no banco, entrou na parte final do jogo e foi importante para aliviar a pressão alviverde. Nos acréscimos, o atacante ainda sofreu falta perigosa e quase ampliou o placar em cobrança rasteira que carimbou a trave.
Mas o quase gol não fez falta. O apito final desencadeou uma explosão de festejos rubro-negros em Lima e em todo o Brasil, repetindo a celebração que marcou a conquista de 2019.
Por Nágela Cosme










