O cinema brasileiro brilhou na 78ª edição do Festival de Cannes, na França. O longa-metragem O Agente Secreto, dirigido por Kleber Mendonça Filho, foi premiado com o troféu de Melhor Direção. O ator Wagner Moura, que protagoniza a produção, também saiu consagrado como Melhor Ator da mostra.
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Aclamado desde sua estreia mundial, no último dia 18, O Agente Secreto recebeu mais de 10 minutos de aplausos do público presente na sessão. A expectativa em torno do filme era tamanha que chegou a ser apontado como um dos favoritos à Palma de Ouro, principal prêmio do festival. No entanto, o título ficou com Um Simples Acidente, do cineasta iraniano dissidente Jafar Panahi.
Kleber Mendonça Filho volta a ser destaque no festival francês, consolidando sua trajetória internacional. O diretor já havia conquistado notoriedade com os aclamados Aquarius (2016) e Bacurau (2019), ambos exibidos e premiados em Cannes. Em Bacurau, codirigido com Juliano Dornelles, recebeu o Prêmio do Júri, dividindo a honraria com o francês Les Misérables, de Ladj Ly.
A participação de Kleber no festival deste ano também remeteu a momentos marcantes da política brasileira. Em 2016, ao subir o tapete vermelho com as atrizes Sônia Braga, Barbara Colen e Maeve Jinkings, além da produtora Emilie Lesclaux, o cineasta segurava cartazes de protesto contra o impeachment da então presidente Dilma Rousseff. O Senado havia acabado de aprovar a admissibilidade do processo, afastando a petista do cargo por até 180 dias.
Com O Agente Secreto, Kleber retoma a crítica social e política que marca sua filmografia. Ainda sem data de estreia no Brasil, o longa reforça o prestígio do cineasta e do ator Wagner Moura no cenário do cinema internacional.
A conquista no festival representa não apenas um reconhecimento artístico, mas também um momento de afirmação da produção cinematográfica brasileira em meio a adversidades políticas e econômicas enfrentadas pelo setor nos últimos anos.
Por Fernando Átila







