O cantor e compositor Milton Nascimento, de 82 anos, foi diagnosticado neste ano com Demência por Corpos de Lewy (DCL), o terceiro tipo mais comum de demência. A condição está associada ao acúmulo anormal da proteína alfa-sinucleína no cérebro, o que pode causar alterações no movimento, pensamento, comportamento e humor.
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A informação foi revelada pela revista piauí nesta quinta-feira (2). O filho adotivo do artista, Augusto Nascimento, explicou que a doença apresenta características semelhantes às do Alzheimer e, no campo motor, ao Parkinson — enfermidade já diagnosticada em Milton anteriormente.
Segundo Augusto, o pai apresentou sinais preocupantes no início do ano, pouco depois de ter sido homenageado pela Portela no Carnaval. Entre os sintomas relatados estavam esquecimento, perda de apetite, olhar fixo em um único ponto e repetição constante de histórias.
“Quando vi que o meu pai apresentava uma piora brusca no quadro cognitivo, perguntei ao médico se seria uma loucura fazer uma viagem de motorhome com ele pelos Estados Unidos”, contou Augusto. A viagem aconteceu em maio e marcou um momento especial entre pai e filho.
Ano de homenagens
Apesar do diagnóstico, 2025 tem sido um ano de grande reconhecimento para Milton Nascimento. Além da homenagem da Portela, que levou um samba-enredo dedicado ao artista para a Marquês de Sapucaí, ele também foi celebrado no documentário “Milton Bituca Nascimento”, dirigido por Flávia Moraes, que registrou sua turnê de despedida dos palcos em 2022.
O cantor ainda conquistou uma indicação ao Grammy Awards na categoria de Melhor Álbum Vocal de Jazz, pela parceria com a norte-americana Esperanza Spalding, reforçando sua relevância e prestígio no cenário musical mundial.
“O samba é de matar, Nossa Senhora”, disse emocionado Milton, ao comentar o desfile da Portela que, em suas palavras, o fez “cair para trás”.
Por Bruno Rakowsky










