O governo federal diminuiu a previsão do salário mínimo para 2026, que passou de R$ 1.631 para R$ 1.627. A redução de R$ 4 decorre da expectativa de que a inflação de 2025 fique abaixo do inicialmente projetado.
Curta, siga e se inscreva nas nossas redes sociais:
Facebook | X | Instagram | YouTube | Bluesky
Sugira uma reportagem. Mande uma mensagem para o nosso WhatsApp.
Entre no canal do Revista Cariri no Telegram e veja as principais notícias do dia.
Se a estimativa for confirmada, o piso de R$ 1.627 representará aumento de 7,18% em relação ao salário mínimo atual, de R$ 1.518. O cálculo segue a política de valorização do mínimo, que prevê reajustes acima da inflação.
O valor definitivo será confirmado em 10 de dezembro, após a divulgação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de novembro — indicador que serve de base para a correção do piso.
📄 Comunicação ao Congresso
A revisão dos parâmetros que subsidiam o PLOA 2026 (Projeto de Lei Orçamentária Anual) foi informada pela ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) ao presidente da CMO, senador Efraim Filho (União-PB).
As projeções atualizadas para os próximos anos ficaram assim:
• 2027: R$ 1.721 (ante R$ 1.725)
• 2028: R$ 1.819 (ante R$ 1.823)
• 2029: R$ 1.903 (ante R$ 1.908)
🏛️ Impacto nas despesas públicas
O salário mínimo é referência para diversas despesas obrigatórias do Executivo, como:
• aposentadorias do INSS;
• BPC (Benefício de Prestação Continuada), destinado a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda.
Por isso, sua correção influencia diretamente algumas das despesas mais significativas do Orçamento Federal.
💰 Como funciona a política de valorização do mínimo
A política de valorização utiliza duas variáveis:
• Inflação do INPC dos 12 meses até novembro do ano anterior;
• Variação do PIB de dois anos antes — no caso, o PIB de 2024.
No ano passado, a economia cresceu 3,4%, segundo o IBGE, mas o ganho real incorporado ao salário mínimo será de até 2,5%.
Isso ocorre porque o aumento real está limitado ao ritmo de expansão permitido pelo arcabouço fiscal, que prevê crescimento entre 0,6% e 2,5% acima da inflação.
A limitação foi adotada para impedir que despesas como aposentadorias e pensões do INSS cresçam de forma acelerada, comprometendo ações discricionárias, como custeio e investimentos, e colocando em risco a sustentabilidade da regra fiscal.
Por Heloísa Mendelshon









