A taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,4% no trimestre encerrado em outubro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O índice é o menor da série histórica, iniciada em 2012. Em números absolutos, 5,9 milhões de pessoas buscavam trabalho no período — também o menor contingente já registrado.
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No mesmo trimestre de 2024, a taxa estava em 6,2%, confirmando a trajetória de melhora do mercado de trabalho brasileiro.
📌 Ocupação estável e nível de emprego mantido
O total de pessoas ocupadas permaneceu estável, alcançando 102,6 milhões de trabalhadores. O nível da ocupação — proporção de pessoas empregadas dentro da população em idade de trabalhar — ficou em 58,8%, igualmente estável tanto em relação ao trimestre anterior quanto ao mesmo período do ano passado.
📈 Setores que puxaram a alta da ocupação
Entre os dez grupamentos de atividade analisados, dois registraram crescimento no trimestre:
• Construção: +2,6% (192 mil trabalhadores)
• Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais: +1,3% (252 mil trabalhadores)
Somados, esses setores adicionaram 444 mil empregos ao mercado de trabalho.
💰 Renda média cresce e massa salarial bate R$ 357,3 bilhões
A renda média real do trabalhador chegou a R$ 3.528, crescimento de 3,9% frente ao mesmo trimestre de 2024.
A massa de renda habitual paga aos ocupados alcançou R$ 357,3 bilhões, alta de 5% na comparação anual.
📉 Fora da força de trabalho, subutilizados e desalentados
A população fora da força de trabalho somou 66,1 milhões de pessoas no trimestre. A população subutilizada ficou em 15,8 milhões, permanecendo no menor nível desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014.
O país registrou ainda 2,647 milhões de desalentados, queda de:
• 1,8% (49 mil pessoas) em relação ao trimestre encerrado em julho
• 11,7% (352 mil pessoas) em comparação com o mesmo período do ano passado
Os desalentados são pessoas que gostariam de trabalhar, mas não buscaram emprego por motivos como falta de experiência, idade ou inexistência de vagas na região.
🧾 Carteira assinada bate novo recorde; informalidade se mantém estável
O número de empregados com carteira assinada no setor privado chegou a 39,2 milhões, novo recorde da série histórica. O resultado representa:
• estabilidade no trimestre
• alta de 2,4% (927 mil pessoas) em relação ao ano anterior
O total de trabalhadores por conta própria ficou em 25,9 milhões, estável no trimestre e 3,1% maior que em 2024.
A taxa de informalidade manteve-se em 37,8% da população ocupada, o equivalente a 38,8 milhões de trabalhadores, abaixo dos 38,9% registrados no mesmo período do ano passado.
Por Nicolas Uchoa









