Criado em 2024 e vinculado à Pró-Reitoria de Cultura (Procult) da Universidade Federal do Cariri (UFCA), o projeto Cariri Desenhado vem transformando o modo como o patrimônio urbano e cultural da região é percebido e vivenciado. Idealizada pelo professor Lenilson Jonas, do curso de Design da UFCA, a iniciativa realiza encontros mensais que unem arte, história e ocupação coletiva dos espaços públicos por meio do desenho de observação.
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Além do professor Lenilson Jonas, que atua como coordenador, o projeto conta com a vice-coordenação do professor Tássio José, e com o apoio das bolsistas Nathalia Vila Boas, Raquel de Sousa e Jucyellen Sá. Integram ainda a rede de colaboradores nomes como as arquitetas Hévila Ribeiro, criadora do Memórias de Juazeiro, e Maria Heloisa Alves, além dos artistas do coletivo Urban Sketchers Juazeiro do Norte, representados por Arthur Sobral, Felipe Barros e Matheus Pinheiro.

🖌️ Arte em três atos
Cada encontro do Cariri Desenhado segue uma estrutura pensada para ampliar a experiência dos participantes. A programação é dividida em três momentos:
1. Hora do Desenho: os participantes se espalham pelo local e registram livremente suas impressões gráficas;
2. Exposichão: os desenhos são dispostos no chão, formando uma exposição espontânea que estimula o diálogo e o compartilhamento;
3. Roda de Conversa: momento dedicado à troca de reflexões sobre o patrimônio cultural do espaço visitado.

🌿 Engenho Tupinambá foi cenário do último encontro
Em 2025, o projeto já realizou dez edições em cidades como Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha. A seleção dos locais é feita com base em critérios como relevância histórica, diversidade temática e acessibilidade, em diálogo com os coordenadores e parceiros.
O mais recente encontro aconteceu no dia 10 de maio, no Engenho Tupinambá, em Barbalha. O espaço, considerado um ícone da tradição canavieira do Cariri, ainda preserva a estrutura original do engenho e da casa-grande, formando um raro exemplar da arquitetura colonial brasileira. O evento foi realizado em horário especial, das 8h30 às 11h30, a pedido da gestão do engenho, e reuniu cerca de 30 participantes em mais uma manhã de arte, escuta e vivência histórica.

✏️ Desenhar como forma de escuta
Os encontros são sempre presenciais e gratuitos, voltados para estudantes, artistas, arquitetos, curiosos e amantes do desenho. Mais do que ilustrar fachadas e paisagens, o Cariri Desenhado propõe uma maneira sensível de estar no mundo – onde o lápis se transforma em instrumento de escuta, presença e valorização da memória cultural.
Por Fernando Átila