Amanheço
O gosto de menta na boca
Depois dá lugar ao café no palato
Ritos da rotina
Tudo igual
Trabalho, boletos a vencer
Sempre faltam
Tempo, money
Para fechar a conta
Sobrevivo
Tentando viver.
O retrato de Drummond
na janela da memória
Em contemplação da vida
passando na estrada do tempo
Que bem me disse poeticamente:
“Êta vida besta, meu Deus!
E sigo
Um trago no cigarro
O gosto do tabaco formando
par com o café no paladar
Efêmero gozo de um viciado
em nicotina.
Por Fabiano Brito. Cratense, cronista e poeta com três livros publicados: “O Livro de Eros”, “Ave Poesia” e “Lunário Nordestino” (Editora UICLAP)