Sou a corda da viola ponteada
pelos dedos do tempo
Na travessia peregrina da vida.
As vezes na canção que celebra
noutras o triste som de quem
chora.
Ouso na palavra escrita
Sobre o branco impoluto do antes
As linhas imaginárias de alguma
poesia.
Como quem ferra a fogo
O canto que diz dessa vida
por mim já trilhada.
Coisa de quem a alma é feita de
sonhos
Como aves em voo, peixes nas
correntezas.
Sou a corda da viola ponteada
Espandindo no ar o meu canto
As vezes na canção que celebra
noutras o triste som de quem
chora.
Por Fabiano Brito. Cratense, cronista e poeta com três livros publicados: “O Livro de Eros”, “Ave Poesia” e “Lunário Nordestino” (Editora UICLAP)