O amor não morre
olho no olho
Sai pela tangente
Muda a estação
Verão pleno
Ao frio inverno
Beija gelo
Silencia na boca
o “eu te amo”.
Vai rondando pelas beiradas
onde se come morno
Na boca
a língua trava
na palavra adeus.
O amor
não morre olho no olho
Vai girando pelos cantos
até achar aberta na porta uma fresta
Por onde parte
Mata-se o amor assim
covardemente
sem olho no olho
sem adeus
Na boca
a língua trava
Amor morre silenciosamente.
Por Fabiano Brito. Cratense, cronista e poeta com três livros publicados: “O Livro de Eros”, “Ave Poesia” e “Lunário Nordestino” (Editora UICLAP)