O tempo é matéria que se esvai
nos giros dos ponteiros das horas
E hoje os sinos dobram por que
partes
Francisco, meu companheiro.
Saber a gente sabe
Que essa vida é passageira
Mas cá dentro no peito
A morte é mistério que não se
desvenda
Na dor imensurável por quem
parte.
Francisco, meu companheiro
Fica no álbum das memórias
A estrada ida, caminhada na luta
por um mundo melhor
A semente de amor na terra
semeada
Pela igualdade e fraternidade
Sobre fronteiras, farpados e tantas
guerras.
Francisco, meu companheiro
São muitos os perigos desse mundo
Onde, ainda, o ódio campeia
E o mau nas esquinas nos espreita.
Louvo o teu nome
Bendito tua existência
Teu corpo se faz luz
Nos campos divinos de Deus Nosso
Senhor
Francisco de Deus
Francisco, meu companheiro!
Por Fabiano Brito. Cratense, cronista e poeta com três livros publicados: “O Livro de Eros”, “Ave Poesia” e “Lunário Nordestino” (Editora UICLAP)