Para onde?
Alguma Belém
além
Onde nos escondermos
dessas dores tantas
Desesperança e medo?
Seguimos adiante
sem estrelas que nos guiem
e esses restos de fé
catadas no pavor destas horas
quando não se sabe
o caminho e onde pisar o passo.
E agora José
para onde?
Quando sabemos
nós os tolos
que vidas não são compradas
Pelo ouro
E temos a mesma medida
dentro de uma cova rasa.
Quando nos será dado compreender
e sermos
unidade, fraternidade
humanidade?
E agora José
Para onde?
Alguma Belém
além
Onde nos escondermos
dessas dores tantas
Desesperança e medo?
Por Fabiano Brito. Cratense, cronista e poeta com três livros publicados: “O Livro de Eros”, “Ave Poesia” e “Lunário Nordestino” (Editora UICLAP)