El tiempo es un viento
que con su fuerza nos arrebata la vida.
Porque dizem de mim:
Um vagamundo, ex-boêmio
metido a poeta.
Amante da lua, casado com as
madrugadas
Divorciado perpétuo do álcool.
Bem lhes digo:
O tempo é um vento
Que com sua força a vida nos
arrebata
Daqui nada se leva
E o que se deixa é dividido e
um dia será esquecido.
Confesso sou raso com as coisas
da vida
Inconsequente como um jogador
que aposta a última moeda na
soma dos dados.
O que não foi é porque não era
para ter sido
E sigo, alma com asas,
Preso as coisas abstratas
Sem as amarras das coisas concretas
do ter e do ser.
Quero o que deverás posso sentir
Aquilo que me provoca arrepios
A emoção além do tato.
Se me levará o tempo
Que me carregue leve
Como um pássaro que voa no céu
infinito.
Por Fabiano Brito. Cratense, cronista e poeta com três livros publicados: “O Livro de Eros”, “Ave Poesia” e “Lunário Nordestino” (Editora UICLAP)