Como é típico de todo fascista, a posição de não aceitar a derrota eleitoral pode e deve ser explicada com o exemplo tupiniquim do Aécio Neves na derrota para a Dilma, que culminou no golpe armado pela tosca e chucra elite brasileira.
Tentar entender a democracia no país que vende o modelo de democracia como forma de vontade popular é complicado. Na sua política interna qualquer um vai perceber que existe algo de estranho quando se trata de voto democrático no país do Tio San. A venda da supremacia da vontade popular não se enquadra por lá, basta lembrar que Trump foi eleito para seu primeiro mandato com menos votos do que sua adversária a H.Clinton. Nos Estados Unidos o voto individual depende do estado no qual você reside, ou seja, a grosso modo o voto dos estados mais ricos vale bem mais que os estados mais pobres. E às questões estranhas não param por aí. Nos bairros pobres é distribuída pouca quantidade de urnas de votação quando o bairro recebe, segundo os defensores desse modelo, é porque o indivíduo pode votar pelo correio e não existe obrigatoriedade do voto. Ficando claro que quanto mais dificuldade o eleitor encontra, menor vai ser sua participação e luta pelos seus direitos. Isso garante o voto do rico, que nos bairros de classe média e alta o número de urnas é grande. As minorias na terra do “sonho” americano sempre tiveram dificuldade para votar e conseguir garantir seus direitos.
A tentativa do discurso de fraude vem do candidato ligado aos movimentos no mínimo suspeitos. Tudo isso nos coloca em uma boa reflexão da história do país que vende a democracia, mas não usa da forma que propaga além mar. O sul dos Estados Unidos é conhecido por guardar uma sanha de racismo e ódio sem tamanho. Movimentos como a supremacia branca, tea party, K.K.K e inúmeros neonazistas liderados pelo discurso sujo, retirado de tudo que se tem de pior na história da humanidade. O Steve Bannon e seus asseclas mundo afora, como a familícia no poder no Brasil e seus candidatos nas eleições municipais do Brasil. Essa gangue que se traja de ser do bem não aceita a derrota implementada nas urnas, por lá e por aqui usam do mesmo discurso.
Assim podemos entender de maneira muito clara a rejeição de Trump a derrota vergonhosa que sofreu no enfrentamento com J.Biden. Tentar colocar em dúvida a lisura de todo o processo eleitoral, devido ter sido derrotado. As coincidências são grandes com o Brasil dos últimos anos, da turma do pó e da turma do genocida. Não aceitar a derrota das urnas, negar a ciência, aplaudir o obscurantismo, permitir os feminicídios, promover a homofobia, o racismo e tantas outras atrocidades que se possa imaginar.
Para o Trumpismo eleição do adversário não vale, o que vale mesmo é a tirania. No Brasil os adeptos do bolsonarismo e da turma do pó, pode até existir, depósitos 89.000,00 em conta da esposa, rachadinhas, milicianos, matar Marielle e Anderso, laranjas na campanha eleitoral, helicóptero com 400 kg de cocaína, avião presidencial com 39 kg de cocaína, ou seja pode tudo menos justiça social. Viva o Trump o Aécio Neves laranja.
Por Sandro Leonel. Um kaririense inquieto.
*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri