Implementado há menos de um ano, o programa Meu Celular, do Governo do Ceará, já permitiu que as Forças de Segurança do Estado recuperassem mais de 6 mil celulares furtados, roubados ou perdidos. Nesta sexta-feira (14), o governador Elmano de Freitas participou da entrega de um novo lote de aparelhos aos proprietários, ao lado da cúpula da Segurança Pública.
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Durante o evento, o governador destacou a eficácia da iniciativa na redução dos índices de criminalidade relacionados a furtos e roubos de celulares no estado.
“Estamos devolvendo, desde o lançamento do programa [abril de 2024], mais de 6 mil celulares e, ao mesmo tempo, tivemos uma redução nos casos de furto e roubo. Isso é fruto do trabalho intenso das nossas Forças de Segurança, em articulação com o Poder Judiciário, Ministério Público e operadoras de telefonia”, afirmou Elmano.

Combate à receptação
O secretário da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Roberto Sá, enfatizou a importância de desarticular as redes criminosas que lucram com a venda de celulares roubados.
“O crime de receptação, que ocorre quando alguém compra um bem roubado, pode parecer sem violência direta, mas, na origem, ele está associado a atos violentos. Por isso, estamos fortalecendo investigações para rastrear e responsabilizar quem comercializa esses produtos”, explicou.
O programa Meu Celular combina uma plataforma digital com operações da Polícia Civil do Ceará (PCCE). As autoridades utilizam inteligência policial e cruzamento de dados de operadoras telefônicas e Boletins de Ocorrência (BOs) para localizar os donos dos aparelhos recuperados.

Como funciona o programa?
Para utilizar a ferramenta, o usuário deve:
1. Cadastrar o aparelho no site do programa, informando marca, modelo, IMEI e nota fiscal (se disponível).
2. Caso o celular seja roubado, furtado ou perdido, o dono pode acessar a plataforma e acionar um alerta de restrição.
3. O alerta inicial, de cor laranja, tem validade de 72 horas. Para torná-lo definitivo (cor vermelha), é necessário registrar um Boletim de Ocorrência (BO) com o número do IMEI.
4. Policiais militares em abordagem podem verificar a restrição diretamente em um aplicativo instalado nos celulares das viaturas.
5. Se identificado, o aparelho é apreendido e encaminhado à Polícia Civil para os trâmites legais, como devolução ao dono, prisão do portador ou registro de Termo Circunstanciado de Ocorrência.

Índice de devolução chega a 70%
O delegado-geral da Polícia Civil, Márcio Gutiérrez, ressaltou que a polícia tem intensificado as investigações e apreensões de celulares roubados. Segundo ele, 70% dos aparelhos recuperados são devolvidos aos proprietários após notificação.
“O primeiro passo é localizar o aparelho. Quando identificamos quem está na posse dele, enviamos uma mensagem solicitando a devolução em uma delegacia. A maioria das pessoas notificadas atende ao pedido”, explicou.
Ainda segundo Gutiérrez, é essencial que a população evite adquirir celulares de procedência duvidosa.
“Muitos compradores não tomam os devidos cuidados ao adquirir um celular usado. Não verificam a procedência do aparelho, nem do vendedor. Algumas compras são feitas pela internet sem qualquer garantia. O programa Meu Celular oferece ferramentas para checagem, mas é preciso que a população também faça sua parte”, alertou.
Por Fernando Átila