O cearense Edcley de Souza Teixeira, apontado como suspeito de vazar questões do segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025 por meio de um cursinho de pré-vestibular, negou ter cometido qualquer tipo de fraude. Em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, exibida neste domingo (23), o estudante declarou que as semelhanças entre as questões publicadas por ele e as da prova foram apenas “coincidências”.
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❗ Negativa de participação em vazamento
Questionado sobre a suposta antecipação de três questões aplicadas no segundo dia do exame, Edcley afirmou não ter conhecimento prévio do conteúdo.
“Similaridades pontuais foram coincidências”, disse ele no programa.
Mesmo negando fraude, Edcley admitiu que teve contato com perguntas parecidas por meio do Prêmio Capes Talento Universitário, realizado no ano passado pelo Ministério da Educação (MEC).
“Eu desconfiei que pudesse ser algum tipo de pré-teste”, declarou.
📘 O que são pré-testes?
Os pré-testes são provas experimentais elaboradas pelo Inep para avaliar questões que podem futuramente compor o Enem. Elas são aplicadas a grupos de estudantes com perfil semelhante ao dos participantes do exame, de forma sigilosa.
Edcley divulgou nas redes sociais “previsões” das questões, incluindo prints com itens idênticos aos que apareceram no Enem 2025 — questões que foram anuladas pelo MEC após a identificação da similaridade.
💰 Acusação de pagar alunos para memorizar questões
O estudante também é acusado de ter pago candidatos para memorizar questões da prova do prêmio da Capes e, assim, ter acesso a conteúdos que poderiam futuramente aparecer no Enem.
“Não vejo má-fé”, respondeu ele, afirmando que suas ações tinham como objetivo impulsionar a própria mentoria.
🚔 Operação da PF em Sobral
Neste domingo (23), Edcley foi alvo de uma operação da Polícia Federal, que cumpriu mandado de busca e apreensão em Sobral, no Ceará, investigando suspeita de fraude no Enem.
Imagens divulgadas pela PF mostram a apreensão de um notebook, um celular e uma prova laranja do 2º dia do Enem 2025.
Segundo a corporação, a investigação começou após o Inep identificar a divulgação de um vídeo com questões de “similaridade substancial” com as aplicadas oficialmente.
Em nota, a PF afirmou que a operação visa:
• Esclarecer os fatos;
• Apurar eventuais ilícitos;
• Identificar os responsáveis pela obtenção e divulgação indevida das questões;
• Investigar possíveis conexões com outros delitos.
Por Fernando Átila










