O número de Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs) realizados pela Polícia em todo o Estado, estão em queda desde maio, mês que marcou o fim lockdown.
Para especialistas, a manutenção desta queda, que representa maior cumprimento às determinações sanitárias no que diz respeito ao combate à Pandemia, é fundamental para redução da propagação do vírus SARS-Cov-2.
Em maio, último mês de vigência do isolamento restritivo, a Polícia realizou em média 4,8 TCOs por dia em todo o Ceará. Ao longo dos 30 dias, foram 146 ocorrências por descumprimento aos decretos municipais e estaduais. No mês seguinte, este número caiu para 80, o que representa redução de 45,2%.
Portanto, junho teve média diária de apenas 2,66 TCOs. Já em julho, contabilizando os dados até o último dia 18, a média é de 1,88. Os dados são da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp), órgão vinculado à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS).
Os TCOs foram registrados no artigo 268, da Lei 2848, que versa sobre a infração de determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa, cuja pena de detenção é de um mês a um ano, e multa.
TCOs no Ceará mês a mês:
• Janeiro: 81
• Fevereiro: 130
• Março: 204
• Abril: 127
• Maio: 146
• Junho: 80
• Julho (até o dia 18); 34
• TOTAL: 802
Queda na transmissão
O infectologista Keny Colares destaca que, diante do surgimento de novas variantes, como a Delta, é importante, além de avançar na vacinação, manter as medidas não farmacológicas, como distanciamento social e uso de máscara.
Para manter os indicadores em queda, Keny reforça ainda a necessidade de se avançar com o processo de imunização e pontua que “somente após a aplicação das duas doses e passados um intervalo de 14 dias, o indivíduo estará imunizado”.
Contudo, a vacina não representa que aquela pessoa não poderá se contaminar e transmitir o vírus, mas “que as pessoas imunizadas terão baixo risco de desenvolver sintomas graves ou evoluir para morte”.
Por esta razão, há a necessidade, mesmo após vacinado, do uso de máscaras, por exemplo, até se ter imunidade de rebanho, que é quando cerca de 80% da população já recebeu as duas doses ou a dose única.
Por André Costa
Fonte: Diário do Nordeste