O ator e cineasta Robert Redford, um dos maiores ícones da história do cinema norte-americano, faleceu durante o sono na manhã desta terça-feira (16), aos 89 anos, em sua casa em Utah, nos Estados Unidos. A informação foi confirmada por sua assessoria de imprensa. A causa da morte não foi divulgada.
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Carreira consagrada
Com mais de cinco décadas de trajetória, Redford estrelou clássicos que se tornaram referências do cinema mundial, como Butch Cassidy (1969), Golpe de Mestre (1973), Todos os Homens do Presidente (1976) e Entre Dois Amores (1985). Reconhecido por sua versatilidade, foi indicado ao Oscar como ator, mas conquistou a estatueta de Melhor Diretor logo em sua estreia atrás das câmeras, com Gente como a Gente (1980), também vencedor de Melhor Filme.
Posteriormente, dirigiu produções aclamadas, como Nada é para Sempre (1992) e Quiz Show – A Verdade dos Bastidores (1994).
Pai do cinema independente
Mais do que astro de Hollywood, Redford foi decisivo para o fortalecimento do cinema independente americano. Em 1981, fundou o Instituto Sundance e, alguns anos depois, idealizou o Festival de Cinema de Sundance, que se consolidou como vitrine global de novos talentos.
Foi nesse palco que cineastas como Steven Soderbergh ganharam notoriedade, com o sucesso Sexo, Mentiras e Videotape (1989). O festival também abriu espaço para o cinema brasileiro: em 1999, Central do Brasil, de Walter Salles, foi premiado no evento, antes de conquistar indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
Vida pessoal e ativismo
Discreto sobre sua vida pessoal, Redford viveu um relacionamento com a atriz brasileira Sônia Braga nos anos 1990, fato amplamente noticiado pela imprensa da época.
Fora das telas, destacou-se pelo ativismo ambiental. Desde os anos 1970, participou de campanhas contra projetos de rodovias e usinas poluentes em Utah, conquistando vitórias que transformaram áreas naturais em monumentos nacionais.
Legado imortal
Galã nas telas e militante fora delas, Redford deixa um legado que transcende o cinema: uniu glamour, consciência social e a defesa de um cinema autoral, comprometido com novas vozes e narrativas. Seu nome permanece como sinônimo de inovação, talento e engajamento cultural.
Por Nágela Cosme










